segunda-feira, 7 de março de 2011

Petróleo





O post a seguir não tem comprovação científica apesar de alguns dados oficiais, alguns dos fatos apresentados são baseados em teorias, entre as quais, algumas são consideradas "conspiratórias". A verdadeira liberdade é escolher em que acreditar, e eu acredito que mesmo sem comprovação  científica estas  idéias merecem ser discutidas.






O Petróleo


Definição


Petróleo (do latim petroleum, petrus = pedra e oleum = óleo, do grego πετρέλαιον [petrélaion], "óleo da pedra", do grego antigo πέτρα [petra], pedra + έλαιον [elaion] óleo de oliva, qualquer substância oleosa, no sentido de óleo bruto), é uma substância oleosa,inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho). Trata-se de uma combinação complexa de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do petróleo, tais como óleos de Xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha, não se incluem nesta definição.


Origem



A hipótese mais aceita leva em conta que, com o aumento da temperatura, as moléculas do querogênio começariam a ser quebradas, gerando compostos orgânicos líquidos e gasosos, num processo denominado catagênese. Para se ter uma acumulação de petróleo seria necessário que, após o processo de geração (cozinha de geração) e expulsão, ocorresse a migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas adjacentes e porosas, até encontrar uma rocha selante e uma estrutura geológica que detenha seu caminho, sobre a qual ocorrerá a acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa chamada rocha reservatório.
É de aceitação para a maioria dos geólogos e geoquímicos, que ele se forme a partir de substâncias orgânicas procedentes da superfície terrestre (detritos orgânicos), mas esta não é a única teoria sobre a sua formação.
Uma outra hipótese, datada do século XIX, defende que o petróleo teve uma origem inorgânica, a partir dos depósitos de carbono que possivelmente foram formados com a formação da Terra.
Resumindo, há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém a mais aceita é que ele surgiu através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e mares, sofrendo transformações químicas ao longo de milhões de anos. Substância inflamável, possui estado físico oleoso e com densidade menor do que a água. Sua composição química é uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos).


Empresas
As maiores empresas petroliferas do mundo são:
1 – Exxon Mobil (EUA) 
2 – Shell (Holanda e Reino Unido) 
3 – Petrobras (Brasil) 
4 – BP (Reino Unido) 
5 – Total (França)
6 – Chevron (EUA) 
7 – Eni (Itália) 
8 – Conoco Philiphs (EUA) 
9 – Repsol (Espanha) 


Teoria do Pico do Petróleo ou Pico de Hubbert



O Pico do Petróleo (Peak Oil)  é um evento geológico, na qual a produção de petróleo segue uma curva logística (curva de Hubbert), tanto em na produção de um único poço, quanto em um campo petrolífero, um pais e provavelmente o planeta todo. Na parte ascendente da curva os custos de produção são significativamente mais baixos do que na parte descendente, quando é necessário um maior esforço (despesa) para extrair petróleo de poços que estão a ficar vazios. Para simplificar: o petróleo é abundante e barato na curva ascendente, escasso e caro na curva descendente. O pico da curva coincide com o ponto em que as reservas mundiais de petróleo estão consumidas em 50%. "Peak Oil" é o termo da indústria para o topo da curva. Uma vez passado o pico, a produção de petróleo começa a decair enquanto os custos começam a subir. 

Foi identificado pela primeira vez por um geofísico da Shell, Marion King Hubbert, durante a década de 40 mas só conseguiu apresentar seus resultados ao público em 1956, durante o Congresso Americano do Petróleo na cidade San Antonio, ignorando apelos da Shell para que não tornasse os resultados de sua pesquisa públicos. Ridicularizado e deixado no ostracismo, sua teoria torno-se motivo de chacota no seio da indústria petrolífera. Em 1970 a produção americana continental de petróleo atinge o pico e desde então esta em declínio, confirmando as previsões da teoria de Hubbert. Transcrevo abaixo o prefácio do livro Para Além do Petróleo de Kenneth S. Deffeyes, geólogo e professor da Universidade de Princeton.



Para além do petróleo: O avistar do Pico de Hubbert

Estamos a enfrentar um problema sem precedentes. A produção mundial de petróleo parou de crescer; os declínios na produção estão prestes a começar. Pela primeira vez desde a Revolução Industrial, a oferta geológica de um recurso essencial não satisfará a procura. Tem havido inúmeras advertências. Em 1969, M. King Hubbert, geólogo americano, publicou previsões da futura produção mundial de petróleo.  Hubbert previu que a produção anual de petróleo seguiria uma curva em forma de sino; a curva tornou-se conhecida como "Pico de Hubbert". A mais optimista das suas duas estimativas em 1969 colocava a dotação de petróleo mundial em 2,1 milhões de milhões (trillion) de barris e o pico de produção no ano 2000. Minha melhor estimativa actual (pormenorizada no Capítulo 3) põe o petróleo total em 2,013 milhões de milhões de barris, atingindo o pico em 2005.  Não importa qual de nós está correcto, mesmo se ambos estivermos errados, não estaremos muito errados. Onde quer que esteja o pico, avistá-lo não é bom. 

O meu interesse no problema da oferta de petróleo principiou em 1958, quando comecei a trabalhar no laboratório de investigação da Shell em Houston. Hubbert desfrutava o status de super-estrela na Shell, por muitas razões além das suas previsões petrolíferas. Eu gostava de trabalhar no laboratório e gostei de conhecer Hubbert. Por volta de 1963 estava claro que o negócio do óleo (em Houston, o pão nosso de cada dia) mudaria enormemente em torno do ano 2000, quando se esperava que eu me aposentasse. A minha própria análise dos números de Hubbert levou-me a deixar a indústria do petróleo prematuramente. 
Emocionalmente, não foi fácil abandoná-la. Cresci em meio a petróleo; meu pai era um engenheiro de petróleo da primeira geração. Nasci em Oklahoma, numa parte de Chickasaw, e posso recordar-me das suas Tempestades de Pó (Dust Bowl). Quando tinha cerca de dez anos, decidi tornar-me geólogo do petróleo. Na escola secundária, recebi uma bela ajuda: Dois geólogos, Jack Fanshawe e Paul Walton, gastaram tempo a ajudar-me a aprender mineralogia. Minha subgraduação (Colorado School of Mines) e graduação (Princeton) foram focadas nos métodos utilizáveis na exploração e produção de petróleo. Tive uma série de empregos de verão que me ensinaram o lado da indústria do petróleo que suja as mãos. Durante algum tempo, tive um auto-colante que dizia: "Sujeira de campo de petróleo, e orgulhoso disso".  Depois de deixar a Shell, ensinei durante um par de anos em Minnesota e no estado de Oregon, e liguei-me então à faculdade em Princeton. Ensinar e investigar foram recompensadores, e eu podia continuar a fazer consultoria a tempo parcial sobre petróleo e mineração. O meu curso intitulado "Sedimentologia" era um curso camuflado em geologia do petróleo.  Este livro é acerca dos combustíveis que vêm da terra. Um bocado de questões acerca da política pública segue-se naturalmente. Entretanto, a minha perícia acaba onde para a geologia. Quaisquer opiniões que tenha acerca da sabedoria do aumento dos impostos da gasolina ou de um imposto sobre as importações americanas de petróleo têm o mesmo valor que as opiniões de um cidadão qualquer. Neste livro tento explicar as vantagens e constrangimentos dos vários combustíveis da terra. Decidir acerca da política é uma tarefa para todos nós os cidadãos. 
Os capítulos 1 e 2 são breves exposições do problema da oferta de petróleo. O capítulo 3 é o resultado de um acidente feliz: descobri uma alternativa para a complicada matemática de Hubbert. A análise de Hubbert exige páginas de equações diferenciais para ir de A para B. Ir de B para A chega aos mesmos resultados mas exige apenas três linhas de matemática do curso secundário. Os capítulos de 4 a 8 cobrem gás natural, carvão, areia betuminosa, xisto petrolífero e urânio. O capítulo 9 é uma esquisitice: Hidrogénio não é um combustível que venha da terra, mas há tanta desinformação a correr acerca do hidrogénio que me sinto obrigado a explicar mais uma vez acerca do mesmo. O capítulo 10 é um ensaio sobre a visão do mundo através dos olhos de um geólogo; é o que William Safire chama uma "peça especulativa" ("thumbsucker"). 
Houve uma tremenda comoção em 2004 com a redução das reservas petrolíferas da Shell. Aqueles de nós que trabalharam para a Shell ficaram particularmente surpreendidos; tipicamente a Shell era excessivamente cautelosa acerca de quase todas as coisas. Não tenho fontes privadas de informação no interior das grandes companhias de petróleo. Geralmente, tentou avaliar o que elas fazem, não o que elas dizem. Exemplo: um editorial no número de 21/Junho/2004 da Business Week queixava-se que o aumento de 30 por cento nos preços do petróleo induziu apenas um pequeno crescimento nos orçamentos de exploração da companhia. Analogamente, as refinarias americanas estão a trabalhar próximo à sua plena capacidade, mas não desde 1976 não são construídas quaisquer novas refinarias. Os navios petroleiros estão plenamente ocupados, mas os petroleiros superados estão a ser retirados mais rapidamente do que os novos estão a ser construídos. Ao invés disso, a indústria parece estar a acumular dinheiro, a recomprar acções, e a liquidar as contas de dividendos. O que está a acontecer? Por que preços mais elevados e procura acrescida não encorajam o investimento? Suponha, por um momento, que a premissa deste livro é correcta: Nós já descobrimos a maior parte do petróleo. Furar à procura de umas poucas sobras não rende frutos nem lucro. Deveriam as companhias petrolíferas majors furarem uma série de buracos secos só para manter felizes os editores da Business Week ? Se, como afirmo, a produção mundial de petróleo está prestes a declinar, então não há razão para acrescentar refinarias ou aumentar o tamanho das frotas de petroleiros.
As grandes companhias de petróleo não estão a dizer publicamente que o jogo do petróleo está acabado. Se houvesse perspectivas atraentes disponíveis, as companhias estariam a cavar o seu caminho umas depois das outras a fim de conseguirem os furos certos. Há exploração importante a ser feita num certo número de países. Mesmo que uma companhia assine um contrato com uma companhia nacional de petróleo ou com o próprio governo, em muitos países os contratos não podem ser tornados obrigatórios (unenforceable). Fure um buraco seco e nada acontece. Consiga uma grande descoberta e subitamente o contrato está pronto para renegociação.
Durante os últimos quatro anos tem havido considerável interesse na comunidade financeira acerca do problema da oferta de petróleo. Além disso, umas poucas pessoas voltadas para a conservação tem-lhe prestado atenção. Como se pode reduzir o dióxido de carbono na atmosfera? Esgotando o petróleo. Os políticos e o publico em geral tem prestado pouca atenção ao assunto. Aqui está parte da razão: alguns observadores profissionais do petróleo declaram que a produção mundial do óleo continuará a aumentar até ao ano de 2030. Qualquer publicação que pretenda ser "imparcial" sente-se assim obrigada a apresentar ambos os lados da estória. Quando os profissionais divergem entre si, significará isto que não há conhecimento real disponível? Será seguro ignorar o problema até que os profissionais concordem entre si?
Aqui está a minha resposta: Nada fazer hoje é simplesmente apostar que Hubbert está errado. A previsão de 1956 de Hubbert de que a produção americana de petróleo atingiria o pico no princípio da década de 1970 foi essencialmente correcta. A previsão de 1969 de Hubbert de que a produção mundial de petróleo atingiria o pico em torno do ano 2000 está agora a verificar-se ser verdadeira (pormenores no Capítulo 3). Quinze anos atrás, deveríamos ter começado a investir pesadamente em estratégias energéticas alternativas. Tal oportunidade está agora perdida. Já não há tempo útil para investigação académica. Já não há tempo para engenheiros desenvolverem nova maquinaria. Temos de enfrentar os próximos cinco anos com os equipamentos concebidos que já estão em produção. Não será fácil. 

Fonte:http://resistir.info/


Analisando a teoria proposta por Hubbert de forma lógica, surgem alguns questionamentos e constatações :

- O petróleo não é eterno, quanto a durabilidade das reservas mundiais não é uma questão de "se" mas de "quando" elas vão acabar.

- A economia mundial e a até mesmo a humanidade é dependente do petróleo. Esta constatação a principio pode chocar alguns, mas analisando o que aconteceria se o preço do barril subisse a um  nível alarmante.
Primeiramente vamos falar do óbvio:

Transportes : não estamos falando de carros para ir ao trabalho ou passear, estamos falando do maquinário como tratores e colheitadeiras utilizados na agricultura, caminhões utilizados para escoamento da produção, navios para realizar o comércio internacional,  ônibus para locomoção urbana, maquinas pesadas para construções de represas, ferrovias entre outras obras, certamente todos estes seriam afetados por uma alta do petróleo encarecendo o transporte e consequentemente os produtos a serem transportados e os empreendimentos que utilizam maquinários pesados como construção de hidrelétricas.
Alimentos: o atual nível de produção de alimentos só é possível  graças ao petróleo barato, nos EUA são necessárias cerca de 10 calorias de combustível fóssil para produzir 1 caloria de comida, isto sem levar em conta a embalagem e o transporte. A maioria dos pesticidas, herbicidas e  fertilizantes, utilizados na agricultura moderna são obtidos através de combustíveis fósseis. Com o encarecimento ou escassez dos combustíveis fósseis  provavelmente o preço dos alimentos iria disparar, haveria dificuldades de transporte,armazenamento e conservação dos mesmos, resultando na escassez de alimentos.

Eletricidade: Cerca de três quartos da energia elétrica do mundo são produzidos através dos combustíveis fósseis, petróleo, carvão e gás natural. Em 2007 o petróleo era responsável por 34% da energia gerada. Com o aumento ou escassez do petróleo haveria um aumento de preço.

                                            Fonte: IEA 2009

Indústria Petroquímica: Através da indústria petroquímica o petróleo esta presente em quase todos os produtos, principalmente em plásticos. cosméticos, tintas e produtos farmacêuticos. Sem falar na indústria da construção civil e no asfalto.

- Analisando estes fatos a primeira coisa que pensamos em se tratando de energia é em fontes alternativas, tais como gás natural, energia eólica, nuclear, hidrogênio, solar, carvão e também no etanol.  Cabe relembrar que os combustíveis fósseis são responsáveis por cerca de 80%  da oferta de energia primária. Sendo assim cabe uma analise individual de cada fonte alternativa.


Gás Natural: além de representar cerca de 20% da oferta de energia primária o gás natural  é uma fonte de energia não renovável e segundo alguns geólogos seu pico poderá ocorrer uma ou duas décadas após o pico do petróleo, portanto com a escassez do petróleo, haverá um consumo maior do gás natural, principalmente como gerador de eletricidade, causando declínio nas reservas naturais. Além do mais não fornece a enorme quantidade de derivados que o petróleo produz. 


Hidrelétrica: fornece apenas de 2 a 4% da oferta de energia primaria, não fornece os derivados do petróleo, sua construção é cara e demorada, além dos impactos ambientais que causa. Sem falar na quantidade de combustível fóssil utilizada no maquinário para sua construção.


Solar: fornece menos de 0,1% da oferta de energia primária, é sensível as variações climáticas, não é aplicável em aviões e em veículos pesados, não fornece os derivados do petróleo nem  fertilizantes e pesticidas.


Eólica: representa cerca de 0,1% da oferta primária de energia e é sensível as mudanças climáticas e variações meteorológicas. O valor para implantação e elevado e  o custo da manutenção altíssimo.

Hidrogênio: representa cerca de 0,01% da oferta primária de energia, é necessária mais energia para o "fabrico" que a que a fornecida. Precisa ser mantido em estado liquido e para isto necessita estar em baixa temperatura ou alta pressão,é uma tecnologia cara e dispendiosa, tem problemas quanto a transporte e armazenamento.

Nuclear: representa hoje 6% da oferta primaria de energia, devido aos riscos de acidente atualmente seus investimentos estão abandonados a nível mundial. O risco de ações terroristas contra tais instalações e de produção de arsenais nucleares são fatores relevantes. O elevado custo além de enormes quantidades de petróleo para construção de reatores nucleares. Não fornece os derivados do petróleo nem fertilizantes e pesticidas, e são necessários combustíveis fósseis para extração e transporte de urânio. Só para suprir as necessidades energéticas dos EUA somente com energia atômica seria necessária a construção de cerca de 800 reatores.

Carvão: representa cerca de 24% da oferta primária de energia e a exploração de minagem necessita de combustível fóssil para extração e transporte e em larga escala causariam uma enorme degradação ambiental. É usado em centrais energéticas para produção de eletricidade as quais produzem enorme quantidade de resíduos sólidos. Os combustiveis líquidos obtidos a partir do carvão são pouco eficazes. Como gerador de energia sofre uma perda de mais de 50% do seu potencial energético. Não fornece os derivados do petróleo nem fertilizantes.

Etanol e Biomassa: é uma fonte de energia negativa, necessita mais energia para produzir do que pode gerar. Sua produção em escala mundial utilizaria recursos que seriam destinados a produção de alimentos como áreas cultiváveis e água para irrigação causando assim alta nos alimentos, desmatamento e criação de "Desertos Verdes". Não substitui os derivados do petróleo.

Areias Betuminosas: existem grandes reservas de petróleo não-convencional formada principalmente pelas areias betuminosas que estão localizadas principalmente no Canadá e na Venezuela. Contudo os custos de produção são altíssimos sendo necessários o equivalente a cerca de 02 barris de petróleo para produzir  03 barris de petróleo. Além disto exige uma enorme quantidade de água e gás natural, sendo que a degradação ambiental é enorme. O processo de extração é lento e não tem muita relevância no atual cenário.



Agravantes


Levando em conta mais alguns agravantes podemos citar:

As reservas de Petróleo Mundiais: vendo os mapas abaixo vemos as principais reservas de petróleo do mundo e através disto podemos realizar uma análise, sobre o petróleo hoje disponível.


Petróleo Polar: O US Geological Survey divulgou um estudo que 1/4 das reservas de Gás e Petróleo do mundo estão sob o gelo do Ártico.O que ocasionou uma corrida para reivindicação deste recursos entre Russia, EUA, Canadá, Noruega entre outros países da região.O problema é a dificuldade de prospecção, além do gelo e Icebergs o petróleo esta no fundo do oceano. De prospecção difícil e extremamente longe dos centros de processamento o preço do petróleo do Ártico será elevado, sem contar os prejuizos ambientais causados.



Petróleo em Águas Profundas: Depois do acidente da British Petroleum no poço de Macondo no Golfo do México em Abril de 2010. Ficou a evidente a fragilidade das operações em águas tão profundas. De prospecção difícil devido a distância da costa, ao numero de navios envolvidos, as condições adversas do clima sujeito a tempestades e furacões, a dificuldade logística e aos risco ambientais, tornam o petróleo extraido nestas condições com preço bem mais elevado que o extraido no continente. Sugiro como leitura para o tema o texto abaixo:





Petróleo Não-Convencional: Principalmente as areias betuminosas, como já foi dito de extração e refinação dispendiosa. As principais reservas ficam localizadas no Canadá e Venezuela




Petróleo Convencional: o Oriente Médio produz cerca de 30% do petróleo produzido e  tem cerca de 60% das reservas comprovadas, sendo que a Arábia Saudita tem cerca de 25%  e o Iraque cerca de 10% das reservas mundiais comprovadas, apesar de fornecer 30% da produção mundial, o Oriente Médio consome apenas cerca de 6% da produção total de petróleo no mundo. Nesta região o petróleo é de fácil extração.  Desnecessário dizer que esta região é militarmente instavel, com varios conflitos armados no século XX. Uma revolta generalizada no mundo árabe, principalmente se a Arábia Saudita cair nas mãos de um governo  extremista ( não se esqueçam que Osama Bin Laden é saudita, e que muitos jovens sauditas tem admiração pelo mesmo) poderia elevar o preço do petróleo até níveis alarmantes. Os EUA são o pais com maior experiência na produção de petróleo, atingiram o pico de sua produção em 1971 e desde então a produção esta em declínio. No Alasca a descoberta da grande província petrolifera de  Prudhoe Bay serve como exemplo, com reserva comprovada de 12 bilhões de barris de petróleo após 12 anos de exploração,  também já atingiu seu pico em 1989.








Os EUA e o Dragão Chinês : o consumo de petróleo cresce num ritmo acelerado ano após ano, os EUA consomem sozinhos cerca de 25% do petróleo produzido no mundo o que quer dizer, que a cada 4 barris de petróleo produzido 1 vai para os EUA! Apesar da economia americana estar em recessão o consumo vem se mantendo. Já países como China, Brasil e Índia, vem aumentando seu consumo devido a um crescimento acelerado em sua economia, especialmente a China, que esta prestes a se tornar a maior economia do planeta.














                                              Fonte: IEA


Em 2007 os EUA consumiam cercar 20 milhões de barris de petróleo por dia !


Petróleo Pesado e Super Pesado: De acordo com sua densidade os petróleos crus podem ser classificados como leve, médio, pesado e super pesado. A indústria petrolífera utiliza a unidade Grau API como referência,  quanto maior o grau API mais leve será o petróleo. As diferentes instituições ligadas ao petróleo classificam o petróleo de forma diferente usando o Grau API. A extração do petróleo pesado e super pesado é cara e complexa. Para um melhor entendimento sugiro o download e a leitura do artigo abaixo e sua comparação com o gráfico.


Petróleo Pesado e Super Pesado








Aumento Populacional : Segundo a ONU esta previsto um aumento populacional seguindo as estimativas atuais, passaremos dos 6,8 bilhões (US Census Bureau- Novembro de 2009) para 9 bilhões no ano de 2050. O que implicaria num aumento populacional de cerca de 33%, nescessitariamos portanto de muito mais petróleo e alimentos para suportar esta população.


Agora que analisamos todas estas informações verificamos a complexidade do problema, pois o mesmo esta intimamente ligado a quase todas as invenções. É a base da nossa ciência.


Collapse !


Um documentário que deve ser visto com algumas reservas mas que revela muitas verdades sobre este tema.




EUA, 2009, - Direção:Chris Smith)
Para não falar que ninguém nos avisou sobre o provável futuro que teremos...
Aprenda com Michael Ruppert, uma das mentes mais brilhantes dos EUA, cheio de conhecimento, clareza, discernimento de preocupações e de amor pela humanindade. Suas previsões são infalíveis, seu ceticismo é arrebatador.
Comentários docspt: De uma forma geral, os Americanos preferem ouvir boas notícias. Gostam de acreditar que o novo presidente irá corrigir o que está mal, que a energia limpa irá substituir o petróleo e que uma nova linha de pensamento irá tornar honesta a economia. Estudiosos americanos tendem a conter o seu pessimismo e a esperar pelo melhor. Mas estará alguém preparado para o pior?
Conheça Michael Ruppert, um americano diferente. Ex-policial de Los Angeles que virou jornalista independente, ele previu a atual crise econômica no seu folheto informativo, "From the Wilderness", numa altura em que a maioria dos analistas em Wall Street e em Washington estavam ainda em negação.
Colapso serve também como retrato de um solitário. Com o passar dos anos, Ruppert manteve-se fiel ao que acredita apesar de feroz oposição. Ele descreve candidamente os sacrifícios e motivações da sua vida. Enquanto outros observadores analisam detalhes da crise económica, Ruppert vê-a como um sintoma de nada 

mais do que o colapso da própria civilização industrializada.



Torrent                Legenda










Conclusão


O que acontecerá quando esgotarmos todas as nossas reservas, talvez este trecho do artigo Life After Oil Crash de Matt Savinar sobre a Ilha de Páscoa nos de alguma idéia.


Exemplo B: A Ilha de Páscoa 



No decurso da nossa História, muitas populações humanas sofreram decréscimos maciços. Oexemplo mais próximo da nossa situação atual foi o que teve lugar na Ilha da Páscoa durante o início do séc. XVIII. A Ilha da Páscoa foi descoberta pela civilização ocidental em 1722, quando o explorador holandês Jacob Roggeveen desembarcou na ilha. Na época, Roggeveen descreveu a ilha como uma terra desolada. Os ilhéus que ele encontrou levavam uma existência particularmente primitiva, mesmo pelos padrões do séc. XVIII. Na ilha não existia madeira para queimar, havia poucas espécies de plantas, e não existiam animais nativos maiores que insectos. Os ilhéus não conheciam a roda, não tinham animais de tiro, possuíam poucos utensílios e só 3 ou 4 canoas estragadas e a meter água.
Apesar da aridez existente, a Ilha da Páscoa estava povoada com enormes estátuas de pedra, de construção elaborada. Roggeveen e a sua tripulação ficaram completamente perplexos com as estátuas, porque era claro que quem as tinha construído possuia utensílios, recursos e capacidade organizacional bem mais avançada que os ilhéus que eles encontraram. O que teria acontecido a este povo?
Segundo os arqueólogos, a Ilha da Páscoa foi inicialmente colonizada por Polinésios cerca do ano 500 DC. Nessa altura, a ilha era um paraíso primordial com florestas luxuriantes. Sob estas condições, a população da ilha cresceu até aos 20.000 habitantes. Durante este florescimento populacional, os ilhéus usaram a madeira das florestas como a energia de suporte para praticamente todos as vertentes de uma sociedade altamente complexa. Utilizaram a madeira para combustível, canoas e casas -- e, claro, para transportar as enormes estátuas. A cada ano que passava, os ilhéus tiveram de cortar mais e mais árvores à medida que as estátuas se tornavam cada vez maiores.
Quando as árvores desapareceram, os ilhéus ficaram sem madeira e cordas para transportar e erigir as estátuas; as fontes e as correntes de água secaram, e a madeira para combustível acabou. O fornecimento de comida também diminuiu à medida que desapareceram as aves terrestres, os muluscos maiores e as aves marinhas. Quando os troncos para construir canoas deixaram de existir, a pesca declinou e o peixe deixou de fazer parte da ementa. Quando o fornecimento de comida diminuiu consideravelmente, os ilhéus recorreram ao canibalismo para se sustentarem. A prática tornou-se tão vulgar que eles tinham um insulto que dizia: "A carne da tua mãe enfiou-se entre os meus dentes".
Em pouco tempo o caos substituiu o governo centralizado, e uma classe de guerreiros derrubou os chefes hereditários. Por volta de 1700, a população começou a decrescer até restar entre 0,25 a 0,10 do número original. As pessoas começaram a viver em cavernas para melhor protecção dos seus inimigos e as estátuas foram derrubadas em guerras de clãs. A Ilha da Páscoa, em tempos a morada de uma sociedade complexa, tornara-se uma terra barbarizada.
Tal como Jared Diamond, Professor de Medicina na UCLA, explicou:
A Ilha da Páscoa apresenta-se-nos hoje como uma metáfora: isolada no meio do Oceano Pacífico, sem ninguém para a ajudar, sem nenhum local para onde fugir, a Ilha da Páscoa entrou em colapso. Do mesmo modo, podemos olhar para o Planeta Terra no meio da galáxia e, se também nós tivermos sarilhos, não há outro local para onde fugir, nem outro povo a quem possamos pedir ajuda.


Epílogo

Os que notaram a primeira figura, a do Titanic, ficaram pensando :

"- O que o Titanic tem haver com petróleo?"

Quando o Titanic estava afundando, não havia salva vidas suficientes para todos, e os ricos já haviam abandonado o navio as escondidas levando muitos destes salva-vidas, existiam basicamente três tipos de passageiros que ficaram dentro do navio. Os que foram pegos de surpresa pela colisão e quando o navio começou a afundar ficaram desesperados sem saber o que fazer e diziam :
"- O que vamos fazer, como ninguém nos disse que este navio iria afundar.
Existiam aqueles que não se importaram e diziam:
"- O navio não vai afundar, este é o melhor transatlântico já construído, vão embora profetas do apocalipse! Vamos para o bar beber, nem Deus consegue afundar o Titanic!"
Mas também existia aqueles que quando o Titanic bateu no Iceberg, sabiam que o navio afundaria e eles iriam morrer, eram  em sua maioria pobres imigrantes e diziam:
"-Vamos morrer se não fizermos algo, nos ajudem a construirmos alguns salva-vidas!"

Qual destes que estão no Titanic você é?




Fernando Franco

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