segunda-feira, 30 de maio de 2011

Urânio empobrecido, uma estranha forma de proteger os civis líbios


Nas primeiras 24 horas de bombardeios a Libia, os aliados gastaram 100 milhões de libras esterlinas em munição dotada de ponta de urânio empobrecido. Trata-se de um resíduo do processo de enriquecimento de urânio que é utilizado nas armas e reatores nucleares, sendo uma substância muito valorizada no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios. Esse urânio empobrecido pode causar danos renais, câncer de pulmão, câncer ósseo, problemas de pele, transtornos neurocognitivos, danos genéticos em bebês e síndromes de imunodeficiência, entre outras doenças.

“Os mísseis que levam pontas dotadas de urânio empobrecido se ajustam à perfeição à descrição de uma bomba suja...Eu diria que é a arma perfeita para assassinar um monte de gente”.
Marion Falk, especialista em física e química (aposentada), Laboratório Lawrence Livermore, Califórnia (EUA).

Nas primeiras vinte e quatro horas do ataque contra a Líbia, os B-2 dos EUA lançaram 45 bombas de 2 mil libras de peso cada uma (um pouco menos de uma tonelada). Estas enormes bombas, junto com os mísseis de cruzeiro lançados desde aviões e navios britânicos e franceses, continham ogivas de urânio empobrecido.

O DU (urânio empobrecido, na sigla em inglês) é um resíduo do processo de enriquecimento de urânio que é utilizado nas armas e reatores nucleares. Trata-se de uma substância muito pesada, 1,7 vezes mais densa que o chumbo, muito valorizada no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios. Quando uma arma que leva uma ponta de urânio empobrecido golpeia um objeto sólido, como uma parte de um tanque, penetra através dele e depois explode formando uma nuvem quente de vapor. Esse vapor se transforma em um pó que desce ao solo e que é não só venenoso, mas também radioativo.

Um míssil com urânio empobrecido quando impacta algo sólido queima a 10.000°C. Quando alcança um objetivo, 30% dele fragmentam-se em pequenos projéteis. Os 70% restantes se evaporam em três óxidos altamente tóxicos, incluído o óxido de urânio. Este pó negro permanece suspenso no ar, e dependendo do vento e das condições atmosféricas pode viajar a grandes distâncias. Se vocês pensam que Iraque e Líbia estão muito distantes, lembrem-se que a radiação de Chernobyl chegou até Gales.

É muito fácil inalar partículas de menos de 5 micra de diâmetro, que podem permanecer nos pulmões ou em outros órgãos durante anos. Esse urânio empobrecido inalado pode causar danos renais, câncer de pulmão, câncer ósseo, problemas de pele, transtornos neurocognitivos, danos genéticos, síndromes de imunodeficiência e estranhas enfermidades renais e intestinais. As mulheres grávidas expostas ao urânio empobrecido podem dar à luz a bebês com deformações genéticas. Uma vez que o pó se vaporiza, não cabe esperar que o problema desapareça. Como emissor de partículas alfa, o DU tem uma vida média de 4,5 milhões de anos.

No ataque da operação “choque e pavor” contra o Iraque foram lançadas, somente sobre Bagdá, 1.500 bombas e mísseis. Seymour Hersh afirmou que só o terceiro comando de aviação dos Marines dos EUA lançou mais de “quinhentas mil toneladas de munição”. E tudo isso carregava pontas de urânio empobrecido.

A Al Jazeera informou que as forças invasoras estadunidenses dispararam 200 toneladas de material radioativo contra edifícios, casas, ruas e jardins de Bagdá. Um jornalista do Christian Science Monitor levou um contador Geiger até zonas da cidade que sofreram uma dura chuva de artilharia das tropas dos EUA. Encontrou níveis de radiação entre 1.000 e 1.900 vezes acima do normal em zonas residenciais. Com uma população de 26 milhões de habitantes, isso significa que os EUA lançaram uma bomba de uma tonelada para cada 52 cidadãos iraquianos, ou seja, uns 20 quilos de explosivos por pessoa.

William Hague, Secretário de Estado de Assuntos Exteriores britânico, disse que estávamos indo a Líbia “para proteger os civis e as zonas habitadas por civis”. Vocês não têm que olhar muito longe para ver a quem e o que está se “protegendo”.

Nas primeiras 24 horas, os aliados gastaram 100 milhões de libras esterlinas em munição dotada de ponta de urânio empobrecido. Um informe sobre controle de armamento realizado na União Europeia afirmava que seus estados membros concederam, em 2009, licenças para a venda de armas e sistemas de armamento a Líbia no valor de 333.357 milhões de euros. A Inglaterra concedeu licenças às indústrias bélicas para a venda de armas a Líbia no valor de 24,7 milhões de euros e o coronel Kadafi pagou também para que a SAS (sigla em inglês do Serviço Especial Aéreo) para treinar sua 32ª Brigada.

Eu aposto que nos próximos 4,5 milhões de anos, William Hague não irá de férias ao Norte da África.

Fonte: Carta Maior

domingo, 15 de maio de 2011

Amerika





Caso Obama: mico universal

A certidão não é autêntica, é praticamente impossível que seja autêntica. Os erros nela são tão gritantes, as anomalias tão vistosas, que a probabilidade de se tratar de documento genuíno deve ser calculada na base de um para vários milhões.
Droga! Eu não aprendo mesmo. Cada vez que acredito em esquerdistas, acabo pagando mico. No entanto, movido por uma crença residual na bondade da espécie humana, instinto perverso que me induz a seguir Jean-Jacques Rousseau e contrariar a Bíblia, continuo tentando de novo e de novo, e tomando na cabeça com a regularidade dos ciclos planetários, econômicos, menstruais e quantos mais ciclos existam. 
Acaba de acontecer mais uma vez. Tão logo publicada a certidão integral de nascimento de Barack Hussein Obama, dei por pressuposto que o documento era autêntico e comecei a analisar a situação com base nessa premissa. Agora vejo que o anúncio espetacular destinado a tapar a boca dos birthers foi isso e apenas isso: um golpe de teatro.

Nada mais. A certidão não é autêntica, é praticamente impossível que seja autêntica. Os erros nela são tão gritantes, as anomalias tão vistosas, que a probabilidade de se tratar de documento genuíno deve ser calculada na base de um para vários milhões. 


Vou dar só oito exemplos: 



1) As certidões de duas meninas que nasceram um dia depois de Obama - e foram registradas na mesma repartição do governo três dias depois - têm números anteriores ao do distinto. As folhas de um livro de registros não se movem para trás espontaneamente. O carimbo rotativo, que avança um número depois de cada carimbada, também não faz marcha a ré por decisão própria. 



2) O funcionário do registro civil assina, com letra de criança, algo que se lê "Ukulele". Quer dizer "cavaquinho", um instrumento muito popular no Havaí. Isso nunca foi nome de gente. Pode ser no máximo um apelido, mas quem acreditaria num documento oficial assinado "Mané Porcão" ou "Zé das Couves"? 



3) A raça do pai de Obama é designada, em pleno 1961, como "African" em vez de "Black" ou "Negro" - uma convenção verbal que só apareceu a partir dos anos 70 com a onda politicamente correta.



4) 1) A assinatura da mãe vem com o nome "Stanley" acima da linha, entre parênteses e sem qualquer autenticação da emenda. Ou a coisa foi maqueada ex post facto, ou a sra. Stanley Ann Dunham Obama, emocionadíssima por dar à luz o futuro presidente da República, se esqueceu do seu primeiro nome na hora de assinar.



5) A data de nascimento do pai de Obama está errada. Segundo dados da Imigração, no dia do registro ele tinha 27 e não 25 anos, como consta do documento. A convivência do casal Obama foi fugaz, mas não tanto que não houvesse tempo para a dona se informar da idade do marido, amante ou sabe-se lá o quê. 



6) A certidão não contém o aditamento referente à adoção de Obama por Lolo Soetoro, como a lei exige. O omissão torna o documento automaticamente inválido, mesmo que seja de origem autêntica.



7) O nome do médico que assina a certidão não confere com o que a Casa Branca havia divulgado antes. Era Roger West, agora é David Sinclair.



8) Tão logo explodiu a onda de exames técnicos que denunciavam a certidão como uma fraude montada por computador mediante superposição de camadas, a Casa Branca substituiu a versão online por uma segunda, com resolução menor, dificultando a separação das camadas, que antes qualquer cidadão podia testar facilmente com programas comuns de ilustração gráfica. A primeira versão tinha o selo autenticador do Departamento de Saúde do Havaí. A segunda, nem isso. Precisa mais? 



Exames feitos por especialistas em computação gráfica pululam na internet, afirmando que a certidão não foi escaneada de um documento único, mas montada por meio de superposição de imagens. 



Mas agora já não são apenas obscuros blogueiros que fazem esses exames. O técnico Ivan Zatcovitch, da eComp Consultants , empresa respeitável que é consultora da Amazon Books, afirma em definitivo que o documento foi alterado. Não tenho condição de julgar isso. Mas, é claro, junto com a farsa documental veio uma campanha do governo, com amplo apoio da mídia chapa-branca, para rotular de "racista" quem quer que enxergue aquelas obviedades e não consinta em ceder à chantagem clássica de Groucho Marx: "Afinal, você vai crer em mim ou nos seus próprios olhos?"



Desde que a questão foi levantada pelo advogado (democrata) Philip Berg em 2008, a reação do campo obamista tem sido sempre a mesma: procurar por todos os meios inibir a discussão.

Cada indício mínimo, parcial e duvidoso que a militância obamista exibiu - como a certidão eletrônica resumida, que milhares de estrangeiros também têm, ou os anúncios do nascimento publicados desde um endereço que nunca foi o do casal Obama - foi invariavelmente brandido como prova cabal de que mudar de assunto com a máxima rapidez era um dever cívico.


Uma investigação em regra, bipartidária, como se fez quando o suspeito de inelegibilidade era John McCain, foi hipótese afastada in limine com soberano desprezo, como ofensiva à dignidade daquele que ao mesmo tempo se pavoneava de apóstolo da "transparência". 



Agora, o pior de tudo: quando se investigava a candidatura McCain, o Congresso decidiu oficialmente que o critério para distinguir "cidadão nativo" era: "nascido em território americano, de pais americanos". Entre os que assinaram essa decisão estava... o senador Barack Hussein Obama. Exigir que ele agora se submeta ao mesmo critério é, segundo o establishment e a mídia, prova de loucura ou crime de racismo. A duplicidade de tratamentos e a proibição de perguntar foram elevadas à condição de princípios fundamentais da democracia. 



Se Obama tivesse um mínimo de decência, teria imediatamente retirado sua candidatura logo após assinar aquela decisão, por saber que, como filho de estrangeiro, não cumpria o requisito de elegibilidade que ele mesmo acabava de impor ao seu adversário. Se ele preferiu blefar, apostando que a sonsice nacional americana jamais perceberia o engodo, é porque tem o cinismo frio de uma personalidade psicopática.



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sonda aproxima-se do asteroide gigante Vesta

A sonda espacial Dawn usará seu super eficiente motor iônico, que usa eletricidade para ionizar e acelerar o gás xenônio, gerando impulso.[Imagem: NASA]

Vesta (asteróide 4) foi o quarto asteróide, descoberto por Olbers (1807) e é o terceiro maior asteróide em tamanho, medindo entre 530 e 468 km em diâmetro. Está localizado no Cinturão de Asteróides, região entre as órbitas de Marte e Júpiter, a 2,36 UA do Sol. 

Vesta é um asteróide do tipo S, rico em silicatos. Seu tamanho e o brilho pouco comum na superfície fazem de Vesta o mais brilhante asteróide. É o único asteróide que é ocasionalmente visível a olho nu.
Vesta foi descoberta pelo astrónomo alemão Heinrich Wilhelm Olbers a 29 de Março de 1807. 

O nome provém da deusa Vesta, a deusa virgem da casa. O próximo asteróide só foi descoberto 38 anos depois, 5 Astreia.

Teoriza-se que nos primeiros tempos do sistema solar, Vesta era tão quente que o seu interior derreteu. Isto resultou numa diferenciação planetária do asteróide. Provavelmente tem uma estrutura em camadas: um núcleo metálico de níquel-ferro coberto por uma camada (manto) de olivina. É um asteróide tipo S. A superfície é de rocha basaltica, originária a partir de antigas erupções vulcânicas. A atividade vulcânica não existe hoje. 



A sonda espacial Dawn (Aurora), da NASA, começou sua manobra final de aproximação com o super asteroide Vesta. 
O Vesta é tão grande que é conhecido como um proto-planeta - um corpo celeste que pode ser visto como um primórdio de um planeta.
A Sonda Dawn começará a usar pela primeira vez suas câmeras para ajudar na navegação. O encontro está previsto para ocorrer no dia 16 de julho.
No início desta aproximação final, que durará três meses, a sonda Dawn está a 1,2 milhão de quilômetros do maciço corpo celeste, situado no Cinturão de Asteroides - isto é mais ou menos três vezes a distância entre a Terra e a Lua.
Motor iônico
Durante a fase de aproximação, entrará em funcionamento o super eficiente motor iônico da sonda, que usa eletricidade para ionizar e acelerar o gás xenônio, gerando impulso.
O propulsor de íons, de pouco mais de 30 centímetros de diâmetro, fornece menos pressão do que os motores químicos convencionais, mas é muito mais durável e requer muito menos combustível - ele fornecerá propulsão durante anos, permitindo ainda uma capacidade muito maior para alterar a velocidade da sonda.

Esta não é uma imagem, mas uma ilustração, uma vez que Vesta nunca foi fotografado em tal resolução. A ilustração foi criada com os melhores palpites dos cientistas sobre como deve se parecer o proto-planeta. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/UCLA/PSI]

Até agora, a Dawn vinha navegando através da medição de sinais de rádio entre a nave e a Terra, e usou outros métodos que não envolviam o próprio asteroide Vesta. Mas, conforme a nave se aproxima do seu alvo, a navegação exige medições mais precisas.
Ao analisar onde o Vesta aparece em relação às estrelas, por meio das imagens captadas pelas câmeras da sonda, os engenheiros terão sua localização com mais precisão, o que permitirá refinar a trajetória da nave.
Inserção na órbita
Utilizando seu motor iônico para se colocar em uma órbita em coincidência com a órbita de Vesta em torno do Sol, a sonda irá "descer" suavemente até entrar em órbita ao redor do asteroide.
Quando a Dawn chegar a cerca de 16.000 quilômetros de distância, a gravidade do asteróide irá capturá-la em sua órbita.
Os cientistas também vão usar as primeiras imagens da câmera da Dawn para procurar possíveis "luas" em torno de Vesta.
A viagem de 4,8 bilhões de quilômetros da sonda Dawn começou em 27 de Setembro de 2007. Ela deverá ficar em órbita de Vesta por cerca de um ano.
Depois ela partirá rumo ao seu segundo destino, um asteroide ainda maior, chamado Ceres. Ela deverá chegar lá em 2015.
 Primeira imagem do asteroide gigante Vesta, o ponto mais brilhante

Após orbitar Vesta por um ano, a nave não tripulada se dirigirá a Ceres, um asteroide ainda maior, em 2015, disse a Nasa.
A sonda espacial leva instrumentos fotográficos e científicos para estudar a superfície dos asteroides e analisar sua força gravitacional.
A missão da Dawn é ajudar a compreender os primeiros momentos da aparição do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos, através da coleta de informações sobre Ceres e Vesta.
Ceres, descoberto em 1801, tem forma esférica e um diâmetro de cerca de 960 km. Os cientistas acreditam que há uma grossa camada de gelo sob a superfície.
Em 2006, Ceres foi chamado de "planeta anão", se unindo a Plutão e Eris em uma nova definição astronômica.
Vesta, descoberto em 1807, é menor que Ceres, com um diâmetro de 520 km e superfície rochosa, sem sinais de água ou calor interno.
Fonte Nasa
Depois orbitar Vesta por um ano, a sonda se dirigirá até o asteroide Ceres em 2015, o maior e mais pesado corpo no cinturão de asteroides, que fica entre Marte e Júpiter. A sonda espacial leva instrumentos fotográficos e científicos para estudar a superfície das gigantescas rochas e analisar sua força gravitacional.
Comparação dos asteróides Vesta e Pallas com outros objetos menores do Sistema Solar


Quatro imagens em cores falsas do asteróide Vesta captadas a 28 de Fevereiro de 2010 pela nova câmara WFC3 do telescópio espacial Hubble, através de filtros para comprimentos de onda curtos (ultra-violeta próximo e azul).
Crédito: NASA/ESA/J.-Y. Li (University of Maryland, College Park)/L. McFadden (NASA GSFC).



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domingo, 1 de maio de 2011

What have we done, Maggie what have we done?





Southampton Dock



Partida dos soldados britânicos rumo as Malvinas

Com o avanço da frota britânica sobre as ilhas,  ficou claro que a paz estava cada vez mais distante, na ilha os preparativos dos soldados argentinos para batalha começaram, os soldados do exército argentino, a maioria recrutas, não tinha apoio logístico suficiente, a marinha argentina depois do afundamento do Cruzador General Belgrano estava presa em seus portos sob a ameaça dos submarinos ingleses, e com a aproximação dos porta aviões ingleses da ilha o abastecimento aéreo também era precário. O abastecimento de viveres bem com os abrigos construidos pelos argentinos era precário. A invasão tinha sido mal planejada, mas mesmo assim os argentinos nunca molestaram a população local. A esperança agora esta na FAA (Fuerza Aerea Argentina) e nos aviões da Marinha Argentina, Skyhawk e Super Etendard, os ultimo armados com os potentes mísseis antinavio  Exocet. Os ataques contra a força tarefa britânica começaram em 04 de Abril com o afundamento HMS Sheffield  por mísseis Exocet disparados pelos Super Etendard. Um dos mais modernos ingleses havia sido afundado, apesar do embargo da OTAN aos argentinos e a falta de assistência dos franceses fabricantes do Exocet, pois os argentinos conseguiram sozinhos colocar os mísseis para funcionar.
Super Etendard
Exocet


The Gunner's Dream


Após o afundamento do Shieffield, a preocupação do britânicos com a aviação argentina ficou alarmante, caso mais navios fossem afundados ou avariados não seria possível desembarcar nas ilhase a frota teria de dar meia volta e retornar para Inglaterra. Surge então uma das maiores e menos difundidas controvérsias da guerra. Em seu livro Rendez-vouz: La psychanalyse de François Miterrand  de Ali Magoudi, psicanalista do primeiro ministro frânces Fraçois Mitterrand na época do conflito, afirma que Margareth Thatcher  ameaçou lançar um ataque nuclear contra a Argentina caso a França não fornecesse o código de desativação dos mísseis Exocet para que estes não pudessem ser usados contra os navios ingleses. Segundo o livro o ataque nuclear partiria de um submarino armado com mísseis Polaris, cada um com duas ogivas de 200Kt. O alvo segundo o livro teria sido escolhido, a cidade de Córdoba. No livro Mitterrand se refere  a Thatcher em uma das sessões como:
-"Que mulher mais terrível, esta Thatcher. Com seus quatro submarinos nucleares destacados no Atlântico Sul, ameaça lançar mísseis nucleares contra a Argentina, a menos que a proporcione os códigos secretos que deixariam os mísseis que vendemos surdos e cegos aos argentinos"
Segundo diversos historiadores havia fortes evidencias de submarinos armados com mísseis balístico operando no Atlântico Sul.
Polaris A3



Two Suns In The Sunset


As batalhas aéreas continuavam, com grandes perdas de aeronaves por parte dos argentinos e afundamento de mais navios ingleses e outros seriamente danificados por bombas que não explodiram, e finalmente os britânicos desembarcam na Grande Malvina em 21 de Maio de 1982. Seguiram ferozes combates até a rendição argentina em 15 de Junho de 1982. Houve momentos de heroísmo entre os dois lados, os argentinos lutaram com valor contra um inimigo consideravelmente superior tanto em equipamento quanto em quantidade, mas como todas as guerras a primeira coisa que morre é a inocência, varios prisioneiros foram executados pelos ingleses. Também os argentinos foram vitimas dos terríveis Gurkhas, mercenários nepaleses a serviço do ingleses, que com sua ferocidade aterrorizaram os argentinos mutilando seus corpos.  
Soldados Argentinos

Soldados Ingleses


Batalha por Goose Green
Gurkhas




The Hero's Return

Rendição argentina
Após a rendição Argentina cerca de 8000 soldados são feito prisioneiros de guerra, retornam a sua pátria cerca de um mes depois. A ditadura militar Argentina esta condenada, ao povo só restava chorar seus mortos e tentar reconstruir seu pais. A aventura desta guerra teve um custo imenso, provocando feridas que até hoje não cicatrizaram no povo argentino. O conflito deixou um saldo de 649 argentinos mortos, sendo que 323 dos quais estavam a bordo do Cruzador General Belgrano, do lado britânico foram oficialmente 258 mortos.
Campo de prisioneiros argentinos
Prisioneiros argentinos


The Post War Dream



Hoje após 29 anos da guerra, a noticia da descoberta de petróleo ( novamente guerra e petróleo juntos, coincidência ? ) fez reacender algumas dúvidas sobre se o ingleses sabiam previamente da existência de petróleo. Seja como for a descoberta reacendeu a disputa pelas ilhas novamente. A perfuração do primeiro campo de prova ocorreu dia 22 de Fevereiro de 2010. O Brasil apoiá a Argentina na ONU pela disputa pela posse das Ilhas Malvinas e juntamente com o Uruguai nega permissão para navios de guerra ingleses indo ou voltando das ilhas de atracarem em seu território. Conforme a reportagem abaixo:
Hoje poucos turistas visitam as ilhas e as marcas da guerra ainda estão profundamente presentes na ilhas. A cidade de Stanley se parece com um típico vilarejo inglês, ainda assim as ruinas de construções bombardeadas, destroços de aviões e navios, além de diversos campos minados não deixam esquecer aquele ano.
Por do sol em Stanley
Belas paisagens durante o verão

Hospital bombardeado
Destroços de um avião
Campo Minado

The Final Cut

O que aconteceu aqueles jovens no ano de 1982, marcou a vida de todos os que sobreviveram, não eram apenas soldados, eram pais, irmãos, filhos, amigos. Muitos não retornaram, e os que retornaram tiveram outra guerra pela frente. Tentar se adaptar a sociedade e deixar o passado para trás. Transcrevo uma reportagem do site estadão sobre o alarmante numero de suicídios de veteranos de guerra argentinos, mas um numero igualmente grande de britânicos cometeram suicídio.


Esquecidos, veteranos das Malvinas escolhem o suicídio

 Veteranos argentinos da Guerra das Malvinas - um total de 14.120 - voltaram da guerra derrotados e ignorados pela população, que não queria ouvir suas dramáticas histórias nem tomar conhecimento de suas mutilações físicas. Enterrados nas ilhas, estão os corpos de 265 soldados. O restante do total dos 649 mortos na guerra está no fundo gélido do Atlântico Sul, dentro do cruzador General Belgrano, torpedeado pelo submarino atômico Conqueror.
"Após o fim da guerra nas ilhas, os veteranos enfrentam há 20 anos uma outra guerra", afirmou ao Grupo Estado o ex-subtenente Jorge Taranto, referindo-se aos problemas psiquiátricos sem resolver. Além disso, há o problema do desemprego, já que ninguém quer contratar um veterano, com medo de que ele "enlouqueça". Do total de veteranos, 60% não têm emprego estável.
Outra dificuldade enfrentada pelos veteranos é a falta de assistência psicológica para os traumas da guerra. Do total, 88% nunca tiveram esse tipo de assistência, 39% possuem estresse pós-traumático e 36% têm deficiências físicas. Os veteranos são o grupo social com a maior proporção de suicídios na Argentina. O número dos que se suicidaram já é de 270, superando o de soldados mortos nos combates terrestres. Para complicar, as diversas associações de veteranos vivem em contínua rivalidade e são suspeitas de corrupção. Enquanto que em 1982 o número de veteranos era de 14.120, em 1999 havia passado para 22.200.
O mistério da multiplicação explica-se pelo registro falso de milhares de pessoas que nunca estiveram nas Malvinas, mas que se interessam em receber a pensão que o governo concedeu a partir dos anos 90. Taranto, de 44 anos, teve melhor sorte. Conseguiu enfrentar seus fantasmas pessoais, casou-se e comanda o programa Malvinas, a História Verdadeira na Rádio 10, uma das mais populares do país, onde sua hora semanal é a de maior audiência. Taranto transformou seu programa em terapia dos sobreviventes. 


Os argentinos que tombaram na ilha estão no cemitério de  Darwin , e após uma batalha diplomática onde os ingleses queriam transferir os restos mortais ao continente e os argentinos queriam deixa-los no lugar onde morreram defendendo sua pátria foi feito um acordo de que o cemitério seria permanente e em 2009 foi inaugurado um monumento em homenagem aos soldados argentinos sob protestos dos moradores locais. 


No site abaixo você pode fazer um tour virtual e conhecer a história do cemitério e ver o nome dos bravos que tombaram nesta guerra.


Conclusões

Varios filmes foram  feitos sobre o tema como Iluminados por el Fuego e 1982 Estuvimos Ahi, o álbum The Final Cut do Pink Floyd tem como tema a Guerra das Malvinas, e foi o ultimo álbum de Roger Waters no Pink Floyd, o titulo de algumas de sua musicas são os subtítulos deste post. Recomendo a leitura deste livro: 
"MALVINAS Um Sentimento"  do Comandante Mohamed Ali Seineldín

Finalmente

Acho que as vezes uma imagem vale mais que mil  palavras. Meus respeitos a estes guerreiros.
Mãe argentina chorando seu filho morto nas Malvinas

"A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefício de outros que se conhecem mas não se massacram." (Paul Valéry)


Las Malvinas Son Argentinas

Fernando Franco